segunda-feira, 5 de maio de 2008
Uma noite com Amy Winehouse
É fim de festa. E Amy, louca de pedra, sorri para Broto. Assustado, ele observa a figura esquálida e medonha, vertinosamente alegre e histérica, aproximar-se, ladeada – e carregada – por alguns amigos com cara de Peter Doherty. Ela segura com seus dedos manchados de fumo uma seringa nova.
- Quer? – Amy pergunta Broto, num idioma qualquer, mas é compreendida.
Com medo de contrariar aquela mulher com risada de bruxa, Broto aceita. E convida sua namorada. Ele experimenta aquela droga em suas veias virgens e passa a seringa para a namorada. Mas Amy não deixa.
- Eu quero antes dela! – grita Amy, com sua boca de pereba e seus perdigotos contaminantes.
O casal fica assustado. Aquela madrugada sinistra, numa festa estranha, com gente esquisita, na rua do bairro onde moram, parece não ter fim. Amy Perebenta injeta a droga em sua veia promíscua.
No final, Amy corre atrás da namorada de Broto e joga a seringa nela. A agulha contaminada de impetigo e doenças de rato fica cravada na barra da calça jeans da amada de Broto.
Amy pede bala, certamente para minimizar seu bafo de bueiro quente. Broto está prestes a saborear seu Halls de morango.
- Quero um pedaço! – pede Amy, rindo, rindo, gargalhando, cambaleando... segurando sua cabeçorra semi-desfeita.
Broto parte a bala.
- Quero na boca! – grita a cantora fedida e perebenta.
Broto pega o pedaço da bala e leva até a boca desfalcada de Amy Perebenta. Broto sente a babinha gosmenta de Amy molhar a ponta de seus dedos de quase-nerd aborrecido. Ele observa, com asco, a boca grande e profunda da estrela-rebelde, e seus dentes de cavalo pangaré. Broto fica com medo de ter sido contaminado pelo impetigo.
Amy corre para um abraço... [...] Broto acorda suado, assustado, mas feliz. Era apenas um pesadelo.
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